Giolo JAIME a educação a distancia e a formação dos professores
educ.soc.,campinas ,vol.29,n.105,p.1211-1234,set./dez.2008
JAIME GIOLO
Doutor em historia e filosofia da educação e professor do programa de pos graduação em educação da universidade de passo fundo (UPF)
RESUMO DO TEXTO
O texto a educação a distancia e formação de professores aborda o tema em três momentos diferentes. Começa pela apresentação sintética da legislação; descreve o panorama da educação superior a distancia, na sua curta trajetória histórica com base nos dados do censo da educação superior do INEP, situa as políticas de estado nesse processo , aponta o dilema que a educação a distancia esta criando para a atividade de formação docente, em especial para os cursos presenciais. A educação a distância se estruturou efetivamente a partir do ano de 2000, inicialmente conduzida pelas instituições publicas, a partir de 2002 obteve a participação do setor privado, tornou se um objeto de disputa no mercado educacional, em 2005 o poder publico veio organizar o setor. A Lei de diretrizes e bases da educação nacional(LDB.9.394,de 20 de dezembro de 1996) concedeu estatuto de maioridade para a educação a distancia, garantiu o incentivo do poder publico, a LDB seguiu o decreto n.494,de 10 de fevereiro de 1998 destinado a regulamentar o artigo 80, conceituou a educação a distancia, fixou as diretrizes gerais para a autorização e reconhecimento de cursos e credenciamentos de instituição estabelecendo tempo de validade para esses atos regulatórios, distribuiu competência, tratou das matriculas transferências, aproveitamento de estudos certificados, diplomas, avaliação de rendimento, definiu penalidades para o não atendimento dos padrões de qualidades e outras irregularidades e determinou a divulgação periódica pelo Ministério de educação, da listagem das instituição credenciadas e dos cursos autorizados. Os decretos apresentam as exigências para os processos de credenciamento de instituições e pólos, de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos, de identificação de irregularidades entre outros. O poder publico foi atropelado no que diz respeito a implantação da educação a distancia nos termos definido pela LDB, a linha de atuação do governo federal orientava se para a introdução de tecnologia avançadas no interior das escolas publicas de educação básica e para o estabelecimento de uma estrutura que pudesse estar dando suporte a formação a distancia dos professores que atuavam de forma presencial nas escola do pais. A LDB previu as ofertas de cursos a distancia em todos os níveis e modalidades, porem ela não pretendia a arrancada das instituições privadas, segundo a LDB a educação a distancia haveria desenvolver por meio de iniciativa publicas, a educação a distancia somente entrou na lista de preferência da iniciativa privada quando a expansão da modalidade presencial começou a experimentar cansaço causado pela diminuição progressiva da demanda, esses fenômeno alterou o sentido da educação a distancia em vez de ser uma modalidade de ensino capaz de ampliar o raio de atuação da educação superior para alem da esfera abrangida pela educação presencial, tornou se concorrente da presencial, para certos cursos foram vista como ameaça , contendo preços menores alem de oferecer outras facilidades praticas ligadas ao tempo, espaço e aos métodos de aprendizagem, isso ocorreu porque o decreto n.4.44/1998 abriu o campo da EAD para a iniciativa privada, essa iniciativa vem ocasionando um desequilíbrio na EAD em termos de participação publica e privada e também em termos de distribuição regional. A tendência da educação a distancia no Brasil ainda não era suficientemente explicita , o projeto prioritário foi a implantação da universidade aberta do Brasil, a iniciativa privada tendo explorado os caminhos da educação superior presencial, foi ao MEC solicitando credenciamento para atuar com educação a distancia, as ações do estados procura organizar e impedir que a livre concorrência acabe distorcendo o sentido da educação a distancia. O movimento da educação a distância o de proporcionar formação regular e continuada aos professores em exercício (os professores leigos) e repleto de êxito , os cursos de formação dos professores passaram a disputar os alunos dos cursos presenciais substituindo as salas de aulas pela formação dos espaços tradicionais de aprendizagem. Os ritmos de crescimento das matriculas presenciais e a distancia experimentam sentidos opostos, o crescimento das matriculas presenciais apresentou uma tendência a queda , o crescimento das matriculas a distancia passou por índice positivos. A oferta a distancia esta buscando substituir a oferta presencial, os cursos de formação de professores a distancia não é exatamente a formação de professores para a docência a distancia mas para a docência presencial.
CONCLUSÃO E CRITICA DA RESENHISTA
De um modo geral, o autor apóiam-se em dados para emitir suas conclusões a respeito da educação a distancia . A EAD é um avanço importante porem segundo Jaime giolo é uma concorrência do ensino presencial, nos mostra que a AED falta ter um foco apresenta a tese que o estudo deveria focar em formar professores para atuar no modelo de ensino a distancia e não em escolas presenciais pois falta aos estudantes na modalidade EAD a experiência acadêmica e convívio em sala de aula, supõe que os 20% da presença em atividades presenciais seria estar tendo profissionais 20%, enquanto os alunos presenciais seriam 100% , com o crescimentos da modalidade a EAD os espaços universitários estariam sendo substituído por pólos, expõem que a tecnologia de informação deveria estar do lado da sala de aula e não contra ela, é clara a opinião do autor supõe que professores para o ensino presencial deveria estar sendo formado em cursos presenciais, segundo o mesmo um bom professor é aquele que estar convivendo diariamente em sala de aula , expõem que a educação virtual não satisfaz as pessoas , não se realizam , não se formam apenas com base em relação instrumentalista mediadas, ão aspectos importantes mas não suficientes ,diz que as pessoas precisam de relações diretas , com A EAD os alunos não criam autonomia e não consegue deixar de ser inibida , pois estes fatores só podem ser tratados cotidianamente com presenças de convívio.
Pode se perceber que a visão do autor não é favorável a educação a distancia na formação do professor, ele traz questionamentos a respeito da falta de interação do estudante com ambiente que poderá esta atuando, para o autor a educação não possibilita essa experiência, e por o professor estar sendo formado pela metodologia a distancia ele deveria esta atuando nessa área pois foi nesta área que ele teve conhecimento e estar ambientado defende a tese de que a formação do professor deve ser realidade em sala de aula , porem o ensino a distancia tem condições de formar o professor e este tem capacidade de ensinar , pois o estudo a distância exige do aluno dedicação e conhecimento sobre as matérias estudadas, a EAD é uma forma de estar aplicando os conteúdos , a mesma capacidade que um aluno presencial tem o estudante EAD pode estar desenvolvendo.
INDICAÇÃO DE LEITURA
A obra nos sugere uma visão contraria a educação a distancia, é de grande auxilio a trabalhos sobre a tecnologia como ferramenta de ensino e educação a distancia. contribui para analisar os pontos positivo e as diferenças entre os modelos de ensino,e as formas de aprendizagem.
Não se trata de uma regra mais de um olhar contrario ao ensino a distancia , serve subsidio a algumas pesquisas , apresenta fundamento na tese do autor .
